A receita líquida da empresa somou R$ 8,07 bilhões, crescimento de cerca de 2% ano a ano, enquanto analistas previam R$ 8,43 bilhões, segundo dados da LSEG
A companhia afirmou no balanço que o menor crescimento do faturamento “foi concentrado sobretudo no Brasil, devido à redução na demanda por alguns negócios de ciclo curto, notadamente a geração solar distribuída”.
A WEG ainda citou que alta do real ante o dólar afetou negativamente a conversão das receitas do mercado externo.
Para analistas do Goldman Sachs, os números confirmam suas expectativas de desaceleração nas receitas no segundo semestre, embora contraindo em um nível superior ao esperado no trimestre.
“Vamos buscar entender melhor na teleconferência de amanhã qual é a perspectiva da administração sobre o crescimento da receita daqui para frente e sobre as tendências das margens”, afirmaram em relatório enviado a clientes.
Às 11:23, as ações da WEG recuavam 9,08%, a 31,83 reais, entre os piores desempenhos do Ibovespa, que caía 0,54%. No pior momento, os papéis foram negociados a R$ 31,72, mínima intradia em cerca de um ano. Na véspera, as ações haviam fechado em alta de mais de 3%.
Apesar do desempenho no ciclo curto, a companhia afirmou que as receitas de vendas de equipamentos de ciclo longo, aqueles usados em grandes projetos como obras de infraestrutura, “continuaram a apresentar bom desempenho”.
A WEG ainda comentou que a área de geração, transmissão e distribuição de energia foi destaque, impulsionada em parte por projetos de energia eólica.
No terceiro trimestre, a empresa teve lucro líquido de R$ 1,31 bilhão, alta de 13,3% sobre o desempenho de um ano antes. O resultado operacional medido pelo Ebitda somou R$ 1,74 bilhão, avanço de quase 11% sobre o resultado do terceiro trimestre de 2022.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 1,32 bilhão e Ebitda de R$ 1,76 bilhão para a WEG no período.
Ainda de acordo com o balanço, o custo dos produtos vendidos pela WEG teve oscilação negativa de 0,6% no terceiro trimestre sobre um ano antes e a margem bruta apresentou evolução de 1,8 ponto percentual, a 32,4%.
Segundo a companhia, o desempenho foi ajudado por uma “acomodação” nos preços de matérias-primas, principalmente cobre e aço, no período.
A WEG terminou setembro com R$ 5,14 bilhões em caixa, acima dos R$ 4,45 bilhões de um ano antes.
No final de setembro, a companhia anunciou a maior aquisição de sua história, a norte-americana Regal Rexnord por US$ 400 milhões , em uma transação cujos números ainda não foram incluídos no balanço. O negócio vai expandir negócios da companhia brasileira nos Estados Unidos, China e Índia.História por Reuters •