O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, transmitido pela TV Globo, foi marcado pela polarização entre Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB), enquanto o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) buscou se posicionar como um candidato liberal, fazendo acenos ao eleitorado de direita. Essa estratégia de Nunes tem como objetivo atrair o eleitorado bolsonarista, especialmente no confronto direto com Marçal, que também disputa esse nicho.
Boulos e Marçal protagonizaram os principais embates da noite. Boulos tentou posicionar Marçal como um aliado do ex-prefeito João Doria, citando a presença de ex-secretários de Doria na equipe de Marçal. Além disso, Boulos questionou a postura do candidato em relação às mulheres, intensificando a troca de acusações. Marçal, por sua vez, subiu o tom, criticando Boulos e referindo-se ao passado do prefeito Nunes, mencionando um boletim de ocorrência por violência doméstica registrado por sua esposa em 2011.
Ao longo do debate, Boulos evitou embates diretos com Nunes, focando suas críticas em Marçal, uma escolha estratégica baseada nas pesquisas que indicam que Boulos venceria Marçal no segundo turno, mas teria mais dificuldade contra Nunes. Marçal, por outro lado, tentou desestabilizar Boulos ao sugerir que ele estaria envolvido com o crime, ao que Boulos respondeu exibindo um teste toxicológico ao vivo para refutar as acusações de uso de drogas.
Nunes, que adotou uma postura mais defensiva, se absteve de confrontos diretos, a não ser para responder às insinuações sobre o caso de violência doméstica. Ele negou qualquer agressão física e afirmou que o boletim de ocorrência se referia a uma discussão por telefone.
Com as eleições se aproximando, o debate ressaltou a polarização entre Marçal e Boulos, enquanto Nunes tenta consolidar sua posição junto ao eleitorado conservador.
Por: Redação da Gazeta