O Brasil atingiu, em 2024, sua pior posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) desde o início da série histórica, em 2012. Com 34 pontos, o país ocupa a 107ª colocação entre 180 nações avaliadas pela Transparência Internacional. Em 2023, o Brasil havia registrado 36 pontos, situando-se na 104ª posição.
A queda é atribuída a diversos fatores, como a falta de transparência em programas governamentais, denúncias de ingerência política em estatais e a percepção de impunidade em casos de corrupção. Além disso, decisões que resultaram no arquivamento de processos envolvendo grandes empresas e figuras políticas contribuíram para a piora no ranking.
Em resposta, o governo brasileiro questionou a metodologia do IPC, alegando que o índice mede a percepção e não a ocorrência real de corrupção. A Controladoria-Geral da União destacou avanços no combate à corrupção, como maior rastreabilidade de emendas parlamentares e novas iniciativas de transparência.
O IPC é uma referência global na avaliação da corrupção no setor público, atribuindo notas de 0 a 100, onde pontuações mais baixas indicam maior percepção de corrupção. A média global é de 43 pontos, enquanto a média das Américas é de 42, situando o Brasil abaixo de ambas.
Especialistas alertam que o resultado reflete um avanço do processo de captura do Estado pela corrupção, evidenciado pela crescente influência do crime organizado nas instituições estatais.
Por: Redação da Gazeta