Madri (Notimérica/EP) – Gabrielle Bonheur Chanel, filha de uma mãe solteira, nasceu em um hospital de caridade em Saumur, França, em 20 de agosto de 1883 e viveu em um orfanato, levada pelo seu pai depois da morte da sua mãe.
Ao completar os 18 anos, Chasnel, seu verdadeiro sobrenome – registrado erroneamente –, foi viver em uma pensão para garotas católicas e passou a trabalhar como costureira e cantora em um cabaré. Ali surgiu o seu apelido ‘Coco’ devido à canção ‘Who has seen Coco’, que ela cantava nos seus espetáculos.
Uma garota cheia de sonhos e de caráter, que mentia sobre as suas origens. A vida de Coco mudou ao conhecer o grande amor da sua vida, o milionário Arthur ‘Boy’ Capel, quem a ajudou a abrir a sua primeira loja de chapéus. Assim nasceu a marca Chanel.
Coco Chanel foi a responsável por divulgar um estilo, no qual se sobressaíam o conforto, a praticidade e a funcionalidade das roupas femininas, e que ao mesmo tempo se converteu em sinônimo de luxo.
Nas suas criações se destacam os famosos sapatos bicolores, o jersey com tecido mais maleável, diferente dos tecidos utilizados à época, as roupas masculinas, as pérolas, as calças compridas, os ‘tailleurs’ e as bolsas com correntes.
A diferença da eterna madeimoselle Chanel está no fato de que ela criava para si mesma. A simplicidade das suas roupas fizeram dela um ícone que 131 anos depois do seu nascimento segue fascinando.
As cores sóbrias sempre fizeram parte das suas criações, mas foi em 1926, quando a revista Voguepublicou um vestido preto de Chanel, que a marca converteria ‘o preto básico’ em uma das peças indispensáveis do armário feminino. Ao preto ‘básico’ ou seu ‘petite robe noire’ somam-se as pérolas utilizadas por Coco para dar um toque especial ao vestido preto.
Fascinante e com um certo ar de rebeldia, Coco trouxe para a sua luxuosa marca a camélia, uma flor utilizada pelas prostitutas do século XIX e XX, que se transformou num fino broche nas mãos da estilista. A paixão por essa flor surgiu depois que o seu amor, Boy Capel lhe presenteou com um ramo de camélias. A delicadeza das flores e a sua característica singela marcaram a estilista que passou a utilizá-las como símbolo da marca.
O ‘tailleur’ de tweed, a saia acompanhada de uma blazer e a camisa branca também foram incorporados ao armário feminino por Coco, peças que ela costumava levar sempre e utilizar nas corridas de cavalos. A verdade é que o ‘tailleur’ não agradou muito num primeiro momento.
A criação de bolsa 2.55 de Chanel deve-se ao fato de que a criativa estava cansada de levar a sua bolsa na mão, e inspirando-se nos soldados que usavam mochilas à época, encontrou a solução, acrescentando à sua bolsa correntes.
O famoso Chanel Nº 5 é um dos perfumes mais vendidos de todos os tempos. Certa vez disse Coco que “uma mulher que não usa perfume não tem futuro”. Não sabemos do futuro das inúmeras mulheres que usaram e usam a famosa fragrância, mas sem dúvida a história de Coco Chanel alcançou o sucesso que ela buscava e a sua marca segue levada pelas mãos de outros estilistas fiéis à mademoiselle Chanel, perpetuando o seu nome e a sua história.
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Europa Press