Neste domingo, a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi palco de uma manifestação em defesa da anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. No entanto, a estimativa de público gerou controvérsias. Enquanto a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) afirmou que o ato reuniu mais de 400 mil pessoas, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) calcularam a presença de aproximadamente 18,3 mil manifestantes.
A PMERJ, subordinada ao governador Cláudio Castro, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, divulgou que a manifestação foi monitorada por diversas unidades policiais, mas não detalhou a metodologia utilizada para a contagem do público.
Por outro lado, a equipe da USP utilizou uma tecnologia baseada em inteligência artificial para analisar imagens aéreas capturadas por drones, permitindo uma contagem mais precisa dos indivíduos presentes. O cálculo apontou a presença de 18,3 mil pessoas, com uma margem de erro de aproximadamente 2,2 mil.
A discrepância entre as estimativas — a PMERJ apontando um público 22 vezes maior que o calculado pela USP — gerou debates sobre a real dimensão do evento. A metodologia da USP já foi aplicada em outras ocasiões e indicou que esta foi a menor manifestação pró-Bolsonaro registrada pelo grupo de pesquisa.
O ato contou com a participação de Jair Bolsonaro e diversas autoridades, incluindo governadores, deputados federais e senadores. A manifestação ocorreu em meio à expectativa pelo julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que deliberará nos próximos dias sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionada a uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Por: Redação da Gazeta