A Bolsa de Valores brasileira iniciou operações nesta quinta-feira (24) em forte queda após o início da guerra na Europa. A Rússia decidiu atacar a Ucrânia, naquilo que Kiev chamou de invasão total. É a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Às 10h20, o Ibovespa tombava 2,33%, a 109.401 pontos. Na véspera, o índice de referência do marcado de ações do país já havia caído 0,78%, a 112.007 pontos, após dados prévios do IBGE indicarem a maior inflação para fevereiro desde 2016.
O dólar subia 1,79% a R$ 5,0930. O início da ofensiva militar russa provocava valorização global da moeda americana. O dólar costuma ser mais procurado por investidores em períodos de incerteza e isso explica a valorização. Nesta quarta-feira (23), o dólar havia recuado 0,95%, a R$ 5,0030.
Essa foi a menor cotação da moeda americana desde 30 de junho, quando fechou valendo R$ 4,9720. Ainda durante a sessão de quarta, a divisa chegou a cair a R$ 4,9940. Desde que atingiu o pico neste ano, que foi de R$ 5,71 em 5 de janeiro, o dólar havia recuado 12,4% até o fechamento desta quarta.
Bolsas em todo mundo afundavam nesta manhã. O índice que acompanha as 50 principais empresas de países da Europa que utilizam o euro como moeda desabava 4,84%.
Os mercados de ações de Londres, Paris e Frankfurt caíam 3,02%, 4,67% e 5,06%, respectivamente. Na Ásia, os principais índices acionários fecharam com quedas severas. Tóquio, Hong Kong e Xangai/Shenzhen despencaram em 1,81%, 2,21% e 2,03%, nessa ordem. O barril do petróleo Brent, referência mundial para essa mercadoria, subia 7,85%, a 104,44, na maior cotação desde 2014.
Por: CLAYTON CASTELANI