Seria mais um dia como qualquer outro não fosse uma pequena fila formada em frente à casa da advogada Luciane Médice, em Vargem Grande do Sul, no interior, sua cidade natal. Era fim do ano passado e ela se preparava para curtir o período de festas com a família. O sossego dos ares interioranos foi interrompido pela multidão na porta. Nela, pessoas da pequena localidade, quase todas conhecidas, estavam à espera dos produtos que acabaram de “comprar”, como ar-condicionado, cama e fogão, todos anunciados em sua página no Instagram. O detalhe é que Luciane não vendera nada. Sua conta havia sido invadida por terceiros, que promoveram os anúncios fraudulentos. “Começaram a tocar a campainha para buscar os produtos. Foi uma loucura. Uma amiga da minha mãe pagou 600 reais pelo ar-condicionado”, afirma a advogada, que explicou às pessoas que também havia sido vítima do mesmo golpe. “Os criminosos aproveitaram o período de Natal, em que as pessoas costumam consumir mais.”
História de Sérgio Quintella