
Milão se vestiu de luz e cores ao receber a aguardada coleção Primavera/Verão 2025 da Gucci, apresentada por Sabato De Sarno, o maestro por trás da nova era da maison italiana. Em um desfile que combinou história e contemporaneidade, a Gucci reafirmou seu lugar como um dos pilares da moda mundial, celebrando o estilo icônico e a rica herança da marca com um toque de irreverência.
Inspirada pela lendária Jackie Kennedy, que há décadas consolidou seu status de ícone ao usar peças da grife, a coleção propôs um conceito batizado por De Sarno de “grandeza casual”. Essa visão mescla o luxo discreto com a sofisticação, refletindo uma era onde a moda transcende o tempo, sempre elegante, mas com uma atitude descomplicada. “Quando explorei os arquivos, encontrei uma descrição de seu estilo como ‘grandeza casual’. Essas palavras ficaram comigo durante todo o meu processo criativo”, revelou De Sarno.




Ao som da nostálgica canção “Non Voglio Mica La Luna”, de Fiordaliso, o desfile tomou forma na icônica La Triennale di Milano, cenário cuidadosamente escolhido para traduzir a atmosfera de um verão sem fim. Com looks que evocavam o glamour dos anos 60, o público foi convidado a mergulhar numa estética que celebrava o jet-set daquela década: vestidos de linho, grandes óculos de sol e os inconfundíveis foulards, tudo remetendo ao esplendor das férias de Jackie O em Capri.
Mas o grande destaque da noite foi, sem dúvida, a reinvenção da icônica bolsa Gucci Bamboo 1947. Reimaginada como parte de uma colaboração especial com artistas japoneses, a peça foi o centro das atenções, celebrando os 60 anos da presença da Gucci no Japão. Nami Yokoyama, renomada pintora, trouxe seu olhar único para transformar a bolsa em uma verdadeira obra de arte. Com detalhes em bambu, esta edição especial da bolsa brilhou ao lado de outros acessórios atemporais, como o mocassim Horsebit, que ganhou novas formas e materiais.
As cores escolhidas para a coleção também refletiam o espírito vibrante e dinâmico da Gucci: tons de laranja, verde-limão e o icônico rosso Gucci Ancora dominaram a passarela, enquanto vestidos fluidos e casacos oversize exibiam uma elegância despreocupada. Para a ala das celebridades, como Dakota Johnson e Kirsten Dunst, vestidos de lantejoulas espelhadas trouxeram o brilho perfeito para momentos no tapete vermelho.
Com a coleção Primavera/Verão 2025, Sabato De Sarno não só celebra o passado glorioso da Gucci, mas também projeta um futuro onde o luxo é acessível, sem perder o impacto e a ousadia. “É um momento para ser vivido ao máximo”, afirmou o designer, encapsulando o espírito da coleção e reafirmando que a Gucci, sob sua direção, continuará a ser um nome a ser venerado no mundo da moda.
Esta temporada da Gucci trouxe à tona a magia de reimaginar o passado, com o toque contemporâneo e fresco que só uma casa com tanto legado poderia oferecer. Uma jornada pela moda que, mais uma vez, nos lembra: a grandeza, mesmo que casual, nunca sai de moda.
Por: Suzi Freitas/ Editora-Chefe