Israel iniciou a retirada de suas tropas do sul do Líbano nesta terça-feira, conforme estipulado no acordo de cessar-fogo com o Hezbollah. No entanto, o ministro da Defesa, Israel Katz, anunciou que o exército manterá presença em cinco posições estratégicas ao longo da fronteira, justificando a medida como “temporária” e necessária para garantir a segurança das comunidades no norte de Israel.
Essas posições, localizadas em colinas do sul do Líbano, oferecem pontos de observação privilegiados e estão situadas fora de áreas civis. A decisão de manter tropas nesses locais foi coordenada com aliados internacionais, incluindo os Estados Unidos, embora não haja confirmação oficial sobre o consenso entre todas as partes envolvidas.
O governo libanês, por sua vez, considera qualquer presença israelense em seu território como uma “ocupação” e enfatiza seu direito de utilizar “todos os meios” para assegurar a retirada completa das forças israelenses. As autoridades libanesas planejam levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU, alegando violações do acordo de cessar-fogo por parte de Israel.
O acordo de cessar-fogo, mediado por potências internacionais, previa inicialmente a retirada total das tropas israelenses até 18 de fevereiro, após uma extensão do prazo original de 26 de janeiro. Apesar da retirada parcial, a região permanece tensa, com deslocados libaneses aguardando para retornar às suas casas e preocupações contínuas sobre a presença do Hezbollah ao sul do rio Litani.
Por: Redação da Gazeta