O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, concedeu na segunda-feira um indulto a mais de 80.000 prisioneiros, incluindo pessoas detidas durante a repressão dos protestos que irromperam em Setembro de 2022 sobre a morte sob custódia da jovem curda-iraniana Mahsa Amini, presa por alegadamente usar o véu incorrectamente.
O chefe do poder judicial do Irão, Gholamhosein Mohseni-Ejei, disse que o número total de pessoas que poderiam beneficiar desta medida poderia atingir 90.000, antes de sublinhar que não afectaria pessoas condenadas por “queixas privadas”, segundo a agência noticiosa iraniana IRNA.
Os opositores sugeriram que as amnistias e indultos recentemente anunciados pelas autoridades visam aplacar os manifestantes, na sequência de uma dura repressão das manifestações e condenações de alguns dos detidos, incluindo sentenças de morte.
As autoridades iranianas ilibaram as forças de segurança de qualquer culpa pela morte de Amini, embora tenham reconhecido alguns excessos durante a repressão dos protestos, que resultaram em quase 500 mortes, de acordo com os números fornecidos por várias organizações não governamentais.
Fonte: (EUROPA PRESS)