Na noite de 13 de novembro de 2024, duas explosões abalaram as proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, levando a um novo capítulo de tensão política e social no país. O ataque, que resultou na morte do autor, Francisco Wanderley Luiz, foi classificado pelas autoridades como uma tentativa de assassinar ministros da Corte, reacendendo preocupações sobre a estabilidade democrática do Brasil.
O ministro Alexandre de Moraes, relator de processos ligados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, foi enfático em sua declaração sobre o caso: “Não se trata de um fato isolado. A impunidade gera mais agressividade, como vimos ontem. Não haverá pacificação com anistia a criminosos.” O ataque reforça o entendimento de que ações contundentes contra extremistas são cruciais para a manutenção da democracia.
As investigações apontam que Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador, planejou o ataque com antecedência, utilizando explosivos e mensagens de ameaça. A Polícia Federal encontrou evidências que ligam o ato ao movimento de extrema-direita, cuja atuação ganhou destaque nos últimos anos.
O atentado gerou repercussões imediatas no Congresso, onde já havia resistência à concessão de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o ataque reduziu ainda mais as chances de apoio político a propostas de perdão.
Enquanto isso, a Polícia Federal anunciou o reforço na segurança de eventos de grande porte, incluindo a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, destacando a necessidade de vigilância contínua contra ameaças extremistas.
O recente ataque reacendeu o debate sobre a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos de janeiro. Moraes, já em ocasiões anteriores, havia destacado que caberia ao STF decidir sobre qualquer proposta do tipo, reafirmando que a Constituição Federal é clara em exigir a responsabilização dos envolvidos em crimes contra o estado democrático de direito.
O atentado ao STF simboliza mais do que um ataque a um prédio: é uma tentativa de intimidar as instituições que sustentam a democracia brasileira. As autoridades destacam que a justiça será feita, e que ações de grupos extremistas não serão toleradas. O episódio serve como alerta para a sociedade e o governo sobre a importância da união e da vigilância na proteção das instituições democráticas.
Por: Redação da Gazeta