O Mounjaro (tirzepatida) tem sido apontado como a mais nova revolução na perda de peso, superando até mesmo concorrentes de peso como Ozempic e Wegovy. Originalmente desenvolvido para o tratamento do diabetes tipo 2, o medicamento rapidamente ganhou fama entre aqueles que buscam emagrecimento rápido e eficaz. Mas será que essa solução milagrosa vem sem riscos?
Estudos indicam que o Mounjaro pode levar a uma perda de até 20% do peso corporal em um ano – um número impressionante. No entanto, médicos alertam para os efeitos colaterais, que vão desde náuseas, vômitos e diarreia até complicações mais graves, como taquicardia e ataques de pânico.
E o problema se agrava: a busca desenfreada pelo medicamento tem levado muitas pessoas a comprá-lo sem prescrição, adquirindo versões falsificadas ou sem acompanhamento médico adequado. Especialistas já apontam que o Mounjaro pode estar sendo usado irresponsavelmente, transformando-se em uma nova “droga da moda” no universo fitness.
A crescente popularidade do Mounjaro também levantou questionamentos sobre o papel das redes sociais na banalização do uso de medicamentos para emagrecimento. Influenciadores promovem a tirzepatida como uma solução rápida para a obesidade, mas ignoram os riscos de um uso indiscriminado.
A endocrinologista Andreea Ciudin alerta que o Índice de Massa Corporal (IMC), frequentemente usado para prescrever esses remédios, pode não ser a ferramenta mais adequada para indicar o uso da tirzepatida. “Estamos prescrevendo medicamentos revolucionários com base em ferramentas obsoletas”, afirma.
Enquanto especialistas defendem que o Mounjaro pode ser um divisor de águas no combate à obesidade, a ausência de um controle mais rigoroso e o uso indiscriminado preocupam a comunidade médica. Afinal, até que ponto a busca pelo emagrecimento rápido pode justificar os riscos envolvidos?
O debate continua: revolução ou risco? Milagre ou armadilha? O Mounjaro pode ser o remédio da vez, mas a polêmica está longe de acabar.
Por: Redação da Gazeta