O indiciamento do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por manuseio indevido de documentos confidencias obtidos durante seu mandato, foi tornado público nesta sexta-feira (09/06), revelando detalhes das 37 acusações criminais.
Entre os documentos encontrados na casa de Trump em Mar-a-Lago, havia arquivos altamente confidenciais sobre a capacidade nuclear dos EUA e de outros países.
“A divulgação não autorizada desses documentos confidenciais poderia colocar em risco a segurança nacional dos Estados Unidos”, afirmou o Departamento de Justiça dos EUA. As principais acusações têm pena máxima de 20 anos de prisão.
O ex-presidente deve comparecer a um tribunal na terça-feira em Miami, um dia antes de seu aniversário de 77 anos. Trump divulgou um vídeo em suas redes sociais afirmando ser inocente.
O caso é mais uma das várias investigaçõesenvolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos. Em março, ele foi indiciado em Nova York por uma investigação sobre pagamento de suborno à estrela de filmes adultos Stormy Daniels. Trump ainda enfrenta investigações em Washington e Atlanta que também podem resultar em acusações criminais.
O que o indiciamento revela?
O documento de 49 páginas acusa Trump de ignorar deliberadamente as exigências do Departamento de Justiça para devolver os documentos que ele havia pegado antes de deixar a Casa Branca.
“Não quero que ninguém vasculhe minhas caixas”, teria dito Trump, segundo o indiciamento, após ele receber uma intimação em maio de 2022 sobre os documentos confidenciais em Mar-o-Lago. “Não seria melhor se simplesmente disséssemos a eles que não temos nada aqui?”, teria dito ainda o ex-presidente, que teria guardado caixas com os documentos em um banheiro de sua mansão, entre outros lugares da casa.