O Conselho Prisional do Condado de Chester, que administra a prisão da qual o brasileiro Danilo Sousa Cavalcante fugiu no fim de agosto, aprovou um investimento de até US$ 3,5 milhões (equivalente a R$ 17 milhões) para reforçar a segurança no local.
O investimento prevê a instalação de pelo menos 50 novas câmeras de monitoramento, assim como a contratação de oito novos profissionais penais para a unidade de Pocopson Township.
Muros de alvenaria devem substituir locais nos quais cercas estão instaladas e telhas que podem ser quebradas pelos presos também serão trocadas.
Um “teto de metal sólido” será inserido entre o espaço de recreação dos presos e o telhado, bloqueando, assim, o espaço pelo qual Danilo fugiu, informou a TranSystems, responsável pela obra aprovada.
Como medida emergencial, bloqueios de arame farpado foram inseridos em espaços abertos no teto da prisão. Eles serão substituídos.
As mudanças na segurança causarão o bloqueio de quase toda a luz do sol na prisão. Somente algumas janelas permitirão a luz solar.
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Uma solução para “suprir as necessidades” dos apenados no projeto aprovado pelo conselho foi a instalação de um sistema de luzes de LED que “imita a luz solar”, informou o The Philadelphia Inquirer.
A previsão é de que nove meses de obras sejam necessários para concluir o projeto.
FUGA
Câmeras de segurança da própria prisão gravaram a fuga do brasileiro de 34 anos, que se apoiou com as mãos e os pés em dois muros e alcançou o telhado de um dos prédios da prisão.
O edifício escalado por Danilo ficava perto de um dos pátios de exercícios da penitenciária.
Após escalar até o teto, ele correu pelo telhado e caiu em uma área menos segura da penitenciária e conseguiu fugir do local.
Danilo foi encontrado novamente pela polícia no dia 13 de setembro, escondido em uma pilha de madeira dentro de uma região de mata na Filadélfia.
Outro preso já havia usado um método semelhante ao de Danilo para fugir do local em maio deste ano. Igor Bolte, 30, escapou da mesma prisão, mas foi pego pelos agentes horas depois.UOL/FOLHAPRESS