O Kremlin afirmou hoje que os sistemas antiaéreos Patriot, que vão ser enviados pelos Estados Unidos à Ucrânia após vários meses de indecisão, se vão converter em alvos legítimos das Forças Armadas da Rússia.© Radovan Stoklasa – Reuters
Na terça-feira, a cadeia televisiva norte-americana CNN assegurou que o Presidente norte-americano, Joe Biden, está a ultimar os detalhes sobre o envio dos Patriot à Ucrânia, uma decisão que poderia ser anunciada ainda esta semana.
A Ucrânia tem vindo a solicitar aos EUA estas baterias antiaéreas, com capacidade para intercetar mísseis balísticos e de cruzeiro, e reafirmou o pedido na sequência do recrudescimento dos bombardeamentos russos que destruíram diversas infraestruturas vitais do país.
A quantidade de baterias Patriot ainda não é conhecida, mas cada unidade inclui um radar que deteta e segue o objetivo, computadores, geradores e uma estação de controlo, para além de oito mini-rampas de lançamento com quatro mísseis prontos para disparar.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Lusa – Ontem 14:48