A Polícia Rodoviária Federal deteve duas ucranianas, mãe e filha, por suspeita de tráfico de animais na sexta-feira, 2, em Governador Valadares, Minas Gerais. As mulheres foram flagradas transportando ovos de araras-azuis-de-lear em uma estufa com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
A espécie, ameaçada de extinção, era ilegalmente coletada na Bahia, em área de conservação federal, visando o mercado ilegal na Europa e Ásia. A prisão resultou da cooperação entre Polícia Federal, Ibamae INEMA/BA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), que já monitorava o deslocamento das estrangeiras na região endêmica da espécie.
Agora detidas, as mulheres podem enfrentar acusações de tráfico ilegal de animais e contrabando. A identidade das suspeitas não foi divulgada e a reportagem não conseguiu localizar os responsáveis pela defesa.
Durante a abordagem, os policiais identificaram os seis ovos na estufa que as mulheres transportavam no banco traseiro do carro. Após questionamentos, as turistas admitiram que se tratavam de ovos de aves silvestres nativas do Brasil, destinados a serem ilegalmente comercializados fora do país. Durante a condução para a unidade policial, uma delas conseguiu quebrar cinco ovos, restando apenas um ovo intacto.
A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é uma espécie de arara endêmica do Brasil, especificamente encontrada na região da Caatinga, no interior da Bahia. Reconhecida por sua plumagem de azul intenso, esta espécie enfrenta ameaças que incluem o tráfico de animais e a perda de habitat.
Ameaçada de extinção, os esforços de conservação buscam proteger suas populações e habitats, envolvendo colaborações entre órgãos federais para combater atividades criminosas que colocam em risco a sobrevivência dessas aves.
História por Rariane Costa • 2h